domingo, 29 de agosto de 2010
Domingo é dia de compartilhar; compartilhar o pão, o vinho, as risadas, as histórias e os silêncios... Estender os braços pro abraço de quem precisa.
Nesse conjunto de doações d’alma, quase involuntárias, resolvi mostrar, compartilhar um dos belos poemas de uma das minhas escritoras favoritas.
Frieza
Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lãminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
“Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!…"
FLORBELA ESPANCA
«Frieza», de Florbela Espanca from blocsdelletres on Vimeo.
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