sexta-feira, 9 de julho de 2010

Summer of '42

Houve uma vez um verão.

Assisti a esse filme em casa aos 13 anos de idade. Era um dia muito quente de verão. Naquele dia, por sorte, havia chegado bem cedo da aula com tempo pra assistir toda Sessão da Tarde.
Naquela época, lembro que gostava de dormir até às 10h, tinha uma preguiça enorme, mas, também gostava de jogar futebol com os colegas da escola, ficar no meu quarto lendo as novidades sobre Legião, correr com minha cadela Suzi e etc. Adorava deitar na grama pra olhar as nuvens. Buscava o céu azul com os olhos e tentava encontrar algo escondido ou especial bem além do meu imaginário. Ou apenas olhar, sem pensar em mais nada, lembro que às vezes dava um medo enorme. Imaginava que um astro poderia cair sobre mim na velocidade da luz. Medo mesmo! Imagine do nada, subitamente matar-me. Mas, o desafio e a possibilidade de ficar ali deitado, quietinho e contemplando apenas o azul, valia mais que renascer.
Lembro que estava sempre apaixonado por uma menina que tinha um pouco mais de idade que eu (uns meses). Mas, era uma menina especial – uma mulher.

Naquela época não tínhamos ainda videocassete de quatro cabeças, muito menos de sete. Se você quisesse ver um bom filme e não tinha dinheiro nem pra comprar o jornal, precisava ficar literalmente “ligado” na programação da tevê, trocar informações importantes com seus colegas ou amigos. O pior de tudo isso é que não havia tantas salas de cinema como hoje em dia. Além do mais, quem não tinha dinheiro pra comprar o tal jornal e ler a programação dos canais de tevê, também não ia no “pulguinha” ver filmes. Acabava assistindo Sessão da Tarde em casa mesmo.
Quando você é adolescente vive uma revolução intima constante. Esse filme mostra muito bem o lado romântico de um jovem por uma bela moça sensual e de mais idade que ele. A trilha sonora é uma das pérolas mais belas do cinema.
As ondas do mar, a nostalgia da praia, a sensualidade e a inocência seduzem o espectador.
Participação da atriz brasileira Jannifer O’Neill como Dorotty e do ator Gary Grimers no papel de Hermie.
Segundo a crítica esse filme é considerado como autobiográfico baseado no livro e no roteiro de Herman Raucher e direção de Robert Mulligan.

Essa é a minha dica nostálgica.
Bye!

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